Criptografia
Contents
- 1 Criptografia, Hash e Encode
- 2 Criptografia com OpenPGP
- 2.1 Usando pgp (gpg)para criptografia de arquivos
- 2.1.1 Instalando o PGP
- 2.1.2 Criando um par de chaves pública/privada
- 2.1.3 Encriptando dados
- 2.1.4 Decriptando dados com o gpg
- 2.1.5 Assinando arquivos
- 2.1.6 Checando assinaturas
- 2.1.7 Extraindo sua chave pública do chaveiro
- 2.1.8 Adicionando chaves públicas ao seu chaveiro pessoal
- 2.1.9 Listando chaves de seu chaveiro
- 2.1.10 Apagando chaves de seu chaveiro
- 2.1.11 Mudando sua FraseSenha
- 2.1.12 Assinando uma chave digital
- 2.1.13 Listando assinaturas digitais
- 2.1.14 Recomendações para a assinatura de chaves gpg
- 2.1 Usando pgp (gpg)para criptografia de arquivos
- 3 Criptografia com OpenSSL
- 4 Hashing
- 5 Encoding
Criptografia, Hash e Encode
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Criptografia com OpenPGP
Usando pgp (gpg
)para criptografia de arquivos
O gpg
(GNU pgp, versão livre da ferramenta pgp) permite encriptar dados, assim somente o destinatário terá acesso aos dados, adicionalmente poderá verificar se a origem dos dados é confiável (através da assinatura de arquivos). O sistema PGP se baseia no conceito de chave pública e privada: Sua chave pública é distribuída para as pessoas que deseja trocar dados/mensagens e a chave privada fica em sua máquina (ela não pode ser distribuída). As chaves públicas e privadas são armazenadas nos arquivos pubring.gpg
e secring.gpg
respectivamente, dentro do subdiretório ~/.gnupg
. Veja [#s-d-cripto-gpg-criando Criando um par de chaves pública/privada, Seção 20.5.2] para criar este par de chaves.
Os dados que recebe de outra pessoa são criptografados usando sua chave pública e somente você (de posse da chave privada) poderá desencriptar os dados. Quando assina um arquivo usando o pgp, ele faz isto usando sua chave privada, o destinatário de posse da chave pública poderá então confirmar que a origem dos dados é confiável.
O gpg
vem largamente sendo usado para transmissão segura de dados via internet. Muitos programas de e-mails como o mutt
e sylpheed
incluem o suporte a pgp embutido para envio de mensagens assinadas/encriptadas (MIME não tem uma codificação segura e não garante que a mensagem vem de quem realmente diz ser). Um servidor de e-mail no Linux
configurado como as mesmas configurações/endereços do provedor da vítima pode enganar com sucesso um usuário passando-se por outro.
Instalando o PGP
apt-get install gnupg
Após instalar o gnupg
, execute o comando gpg
para criar o diretório ~/.gnupg
que armazenará as chaves pública e privada.
Criando um par de chaves pública/privada
Para gerar um par de chaves pessoais use o comando gpg --gen-key. Ele executará os seguintes passos:
- Chave criptográfica - Selecione DSA e ELGamal a não ser que tenha necessidades específicas.
- Tamanho da chave - 1024 bits traz uma boa combinação de proteção/velocidade.
- Validade da chave - 0 a chave não expira. Um número positivo tem o valor de dias, que pode ser seguido das letras w (semanas), m (meses) ou y (anos). Por exemplo, "7m", "2y", "60".
Após a validade, a chave será considerada inválida.
- Nome de usuário - Nome para identificar a chave
- E-mail - E-mail do dono da chave
- comentário - Uma descrição sobre a chave do usuário.
- Confirmação - Tecle "O" para confirmar os dados ou uma das outras letras para modificar os dados de sua chave.
- Digite a FraseSenha - Senha que irá identificá-lo(a) como proprietário da chave privada. É chamada de FraseSenha pois pode conter espaços e não há limite de caracteres. Para alterá-la posteriormente, siga as instruções em [#s-d-cripto-gpg-chpasswd Mudando sua FraseSenha, Seção 20.5.11].
- Confirme e aguarde a geração da chave pública/privada.
Encriptando dados
Use o comando gpg -c arquivo para a encriptação de dados com chave simétrica:
gpg -c arquivo.txt
Será solicitada uma senha, a qual será sua chave simétrica para encriptação/decriptação do arquivo.
Use o comando gpg -e arquivo para a encriptação de dados com chaves assinmétricas:
gpg -e arquivo.txt
Será pedida a identificação de usuário, digite o nome que usou para criar a chave. O arquivo criado será encriptado usando a chave pública do usuário (~/.gnupg/pubring.gpg
) e terá a extensão .gpg
adicionada (arquivo.txt.gpg
). Além de criptografado, este arquivo é compactado (recomendável para grande quantidade de textos). A opção -a é usada para criar um arquivo criptografado com saída ASCII 7 bits:
gpg -e -a arquivo.txt
O arquivo gerado terá a extensão .asc
acrescentada (arquivo.txt.asc
) e não será compactado. A opção -a é muito usada para o envio de e-mails.
Para criptografar o arquivo para ser enviado a outro usuário, você deverá ter a chave pública do usuário cadastrado no seu chaveiro (veja [#s-d-cripto-gpg-c-a Adicionando chaves públicas ao seu chaveiro pessoal, Seção 20.5.8]) e especificar a opção -r seguida do nome/e-mail/ID da chave pública:
gpg -r kov -e arquivo.txt
O exemplo acima utiliza a chave pública de kov para encriptar o arquivo arquivo.txt
(somente ele poderá decriptar a mensagem usando sua chave privada).
OBS: É recomendável especificar o nome de arquivo sempre como último argumento.
Decriptando dados com o gpg
Agora vamos fazer a operação reversa da acima, a opção -d é usada para decriptar os dados usando a chave privada:
gpg -d --decrypt arquivo.txt.asc >arquivo.txt gpg -d --decrypt arquivo.txt.gpg >arquivo.txt
Descriptografa os arquivos arquivo.txt.asc
e arquivo.txt.gpg
recuperando seu conteúdo original. A sua "FraseSenha" será pedida para descriptografar os dados usando a chave privada (~/.gnupg/secring.gpg
).
Assinando arquivos
Assinar um arquivo é garantir que você é a pessoa que realmente enviou aquele arquivo. Use a opção -s para assinar arquivos usando sua chave privada:
gpg -s arquivo.txt
A "FraseSenha" será pedida para assinar os dados usando sua chave privada. Será gerado um arquivo arquivo.txt.gpg
(assinado e compactado). Adicionalmente a opção --clearsign poderá ser usada para fazer uma assinatura em um texto plano, este é um recurso muito usado por programas de e-mails com suporte ao gpg:
gpg -s --clearsign arquivo.txt
Será criado um arquivo chamado arquivo.txt.asc
contendo o arquivo assinado e sem compactação.
Checando assinaturas
A checagem de assinatura consiste em verificar que quem nos enviou o arquivo é realmente quem diz ser e se os dados foram de alguma forma alterados. Você deverá ter a chave pública do usuário no seu chaveiro para fazer esta checagem (veja [#s-d-cripto-gpg-c-a Adicionando chaves públicas ao seu chaveiro pessoal, Seção 20.5.8]). Para verificar os dados assinados acima usamos a opção --verify:
gpg --verify arquivo.txt.asc
Se a saída for "Assinatura Correta", significa que a origem do arquivo é segura e que ele não foi de qualquer forma modificado.
gpg --verify arquivo.txt.gpg
Se a saída for "Assinatura INCORRETA" significa que ou o usuário que enviou o arquivo não confere ou o arquivo enviado foi de alguma forma modificado.
Extraindo sua chave pública do chaveiro
Sua chave pública deve ser distribuída a outros usuários para que possam enviar dados criptografados ou checar a autenticidade de seus arquivos. Para exportar sua chave pública em um arquivo que será distribuído a outras pessoas ou servidores de chaves na Internet, use a opção --export:
gpg --export -a usuario >chave-pub.txt
Ao invés do nome do usuário, poderá ser usado seu e-mail, ID da chave, etc. A opção -a permite que os dados sejam gerados usando bits ASCII 7.
Adicionando chaves públicas ao seu chaveiro pessoal
Isto é necessário para o envio de dados criptografados e checagem de assinatura do usuário, use a opção --import:
gpg --import chave-pub-usuario.txt
Assumindo que o arquivo chave-pub-usuario.txt
contém a chave pública do usuário criada em [#s-d-cripto-gpg-c-e Extraindo sua chave pública do chaveiro, Seção 20.5.7]. O gpg
detecta chaves públicas dentro de textos e faz a extração corretamente. Minha chave pública pode ser encontrada em [ch-apend.html#s-apend-pgp Chave Pública PGP, Seção 21.8] ou http://pgp.ai.mit.edu
.
Listando chaves de seu chaveiro
Use o comando gpg --list-keys para listar as chaves pública do seu chaveiro. O comando gpg --list-secret-keys lista suas chaves privadas.
Apagando chaves de seu chaveiro
Quando uma chave pública é modificada ou por qualquer outro motivo deseja retira-la do seu chaveiro público, utilize a opção --delete-key:
gpg --delete-key usuario
Pode ser especificado o nome de usuário, e-mail IDchave ou qualquer outro detalhe que confira com a chave pública do usuário. Será pedida a confirmação para excluir a chave pública.
OBS: A chave privada pode ser excluída com a opção --delete-secret-key. Utilize-a com o máximo de atenção para excluir chaves secretas que não utiliza (caso use mais de uma), a exclusão acidental de sua chave secreta significa é como perder a chave de um cofre de banco: você não poderá descriptografar os arquivos enviados a você e não poderá enviar arquivos assinados.
Mesmo assim se isto acontecer acidentalmente, você poderá recuperar o último backup da chave privada em ~/.gnupg/secring.gpg~
.
Mudando sua FraseSenha
Execute o comando gpg --edit-key usuário, quando o programa entrar em modo de comandos, digite passwd. Será lhe pedida a "Frase Senha" atual e a nova "Frase Senha". Digite "save" para sair e salvar as alterações ou "quit" para sair e abandonar o que foi feito. O gpg --edit-key permite gerenciar diversos aspectos de suas chaves é interessante explora-lo digitando "?" para exibir todas as opções disponíveis.
Assinando uma chave digital
A assinatura de chaves é um meio de criar laços de confiança entre usuários PGP. Assinar uma chave de alguém é algo sério, você deve ter noção do que isto significa e das consequências que isto pode trazer antes de sair assinando chaves de qualquer um.
O próprio teste para desenvolvedor da distribuição Debian
requer como primeiro passo a identificação do candidato, caso sua chave pgp seja assinada por algum desenvolvedor desta distribuição, imediatamente o teste de identificação é completado. A partir disso você deve ter uma noção básica do que isto significa. Para assinar uma chave siga os seguintes passos:
- Importe a chave pública do usuário (veja [#s-d-cripto-gpg-c-a Adicionando chaves públicas ao seu chaveiro pessoal, Seção 20.5.8]).
- Execute o comando gpg --edit-key usuario (onde usuario é o nome do usuário/e-mail/IDchave da chave pública importada).
- Digite list, e selecione a chave pública (pub) do usuário com o comando uid [numero_chave]. Para assinar todas as chaves públicas do usuário, não selecione qualquer chave com o comando uid.
- Para assinar a chave pública do usuário digite sign, será perguntado se deseja realmente assinar a chave do usuário e então pedida a "FraseSenha" de sua chave privada.
- Digite "list", repare que existe um campo chamado trust: n/q no lado direito. O primeiro parâmetro do "trust" indica o valor de confiança do dono e o segundo (após a /) o valor de confiança calculado automaticamente na chave. As seguintes possuem o seguinte significado:
- - - Nenhum dono encontrado/confiança não calculada.
- e - Chave expirada/falha na checagem de confiança.
- q - Quando não conhece o usuário.
- n - Quando não confia no usuário (é o padrão).
- m - Pouca confiança no usuário.
- f - Totalmente confiável.
- u - Indiscutivelmente confiável. Somente usado para especificar a chave pública do próprio usuário.
O valor de confiança da chave pode ser modificado com o comando trust e selecionando uma das opções de confiança. Os valores de confiança para a chave pública pessoal é -/u (não é necessário calcular a confiança/indiscutivelmente confiável).
Listando assinaturas digitais
Execute o comando gpg --list-sigs para listas todas as assinaturas existentes no seu chaveiro. Opcionalmente pode ser especificado um parâmetro para fazer referência a assinatura de um usuário:gpg --list-sigs usuario. O comando gpg --check-sigs adicionalmente faz a checagem de assinaturas.
Recomendações para a assinatura de chaves gpg
Este texto foi divulgado por uma pessoa que pediu para permanecer anônima na lista [email protected]
explicando os procedimentos de segurança para a troca de chaves públicas individuais e em grupo de usuários. Ele é um pouco longo mas a pessoa é especializada no assunto, e seu foco é a segurança na troca de chaves e o que isto significa. Após consulta ao autor do texto, o texto foi reproduzido na íntegra, mantendo os padrões de formatação da mensagem.
Trocando assinaturas de chaves digitais Direitos de republicação cedidos ao domínio público, contanto que o texto seja reproduzido em sua íntegra, sem modificações de quaisquer espécie, e incluindo o título e nome do autor. 1. Assinaturas digitais 2. Chaves digitais e a teia de confiança 3. Trocando assinaturas de chaves digitais com um grupo de pessoas 1. Assinaturas digitais Uma assinatura digital é um número de tamanho razoável (costuma ter de 128 a 160 bits) que representa um bloco bem maior de informação, como um e-mail. Pense numa assinatura como se ela fosse uma versão super-comprimida de um texto. Se você muda alguma coisa (por menor que seja) no texto que uma assinatura "assina", essa assinatura se torna inválida: ela não mais representa aquele texto. Existe uma relação direta entre uma assinatura e informação que ela assina. Se uma das duas for modificada, elas passam a não mais "combinar" uma com a a outra. Um programa de computador pode detectar isso, e avisar que a assinatura é "inválida". Os algoritmos mais usados para criar e verificar assinaturas digitais são o SHA-1, RIPEM160 e MD5. O MD5 não é considerado tão bom quanto os outros dois. Assinaturas digitais também funcionam com arquivos "binários", ou seja: imagens, som, planilhas de cálculo... e chaves digitais. 2. Chaves digitais e a teia de confiança Chaves digitais são fáceis de falsificar, você só precisa criar uma chave nova no nome de sicrano, por um endereço de e-mail novinho em folha daqueles que você consegue nesses webmail da vida, e pronto. Agora é só espalhar essa chave por aí que os bestas vão usá-la pensando que é de sicrano. A menos que os "bestas" não sejam tão bestas assim, tenham lido o manual do seu software de criptografia, e saibam usar assinaturas e a teia de confiança para verificar se a tal chave é de sicrano mesmo. Programas de criptografia (os bons, tipo PGP e GNUpg) usam um sistema de assinaturas nas chaves digitais para detectar e impedir esse tipo de problema: Ao usuário é dado o poder de "assinar" uma chave digital, dizendo "sim, eu tenho certeza que essa chave é de fulano, e que o e-mail de fulano é esse que está na chave". Note bem as palavras "certeza", e "e-mail". Ao assinar uma chave digital, você está empenhando sua palavra de honra que o _nome_ do dono de verdade daquela chave é o nome _que está na chave_, e que o endereço de e-mail daquela chave é da pessoa (o "nome") que também está na chave. Se todo mundo fizer isso direitinho (ou seja, não sair assinando a chave de qualquer um, só porque a outra pessoa pediu por e-mail, ou numa sala de chat), cria-se a chamada teia de confiança. Numa teia de confiança, você confia na palavra de honra dos outros para tentar verificar se uma chave digital é legítima, ou se é uma "pega-bobo". Suponha que Marcelo tenha assinado a chave de Cláudia, e que Roberto, que conhece Marcelo pessoalmente e assinou a chave de Marcelo, queira falar com Cláudia. Roberto sabe que Marcelo leu o manual do programa de criptografia, e que ele não é irresponsável. Assim, ele pode confiar na palavra de honra de Marcelo que aquela chave digital da Cláudia é da Cláudia mesmo, e usar a chave pra combinar um encontro com Cláudia. Por outro lado, Roberto não conhece Cláudia (ainda), e não sabe que tipo de pessoa ela é. Assim, rapaz prevenido, ele não confia que Cláudia seja uma pessoa responsável que verifica direitinho antes de assinar chaves. Note que Roberto só confiou na assinatura de Marcelo porque, como ele já tinha assinado a chave de Marcelo, ele sabe que foi Marcelo mesmo quem assinou a chave de Cláudia. Enrolado? Sim, é um pouco complicado, mas desenhe num papel as flechinhas de quem confia em quem, que você entende rapidinho como funciona. O uso da assinatura feita por alguém cuja chave você assinou, para validar a chave digital de um terceiro, é um exemplo de uma pequena teia de confiança. 3. Trocando assinaturas de chaves digitais com um grupo de pessoas Lembre-se: ao assinar uma chave digital, você está empenhando sua palavra de honra que toda a informação que você assinou naquela chave é verdadeira até onde você pode verificar, _e_ que você tentou verificar direitinho. Pense nisso como um juramento: "Eu juro, em nome da minha reputação profissional e pessoal, que o nome e endereços de e-mail nessa chave são realmente verdadeiros até onde posso verificar, e que fiz uma tentativa real e razoável de verificar essa informação." Sim, é sério desse jeito mesmo. Você pode ficar muito "queimado" em certos círculos se você assinar uma chave falsa, pensando que é verdadeira: a sua assinatura mal-verificada pode vir a prejudicar outros que confiaram em você. Bom, já que o assunto é sério, como juntar um grupo de pessoas numa sala, e trocar assinaturas de chaves entre si? Particularmente se são pessoas que você nunca viu antes? Siga o protocolo abaixo, passo a passo, e sem pular ou violar nenhum dos passos. 1 - Reúna todos em uma sala, ou outro local não tumultuado, pressa e bagunça são inimigas da segurança. 2 - Cada um dos presentes deve, então, ir de um em um e: 2.1 - Apresentar-se, mostrando _calmamente_ documentação original (nada de fotocópia) comprovando sua identidade. RG, CPF, passaporte, certidão de nascimento ou casamento, carteira de motorista, cartão de crédito são todos bons exemplos. Só o RG sozinho não é -- tem muito RG falsificado por aí -- mas o RG junto com o cartão de banco já seria suficiente. Se nenhum documento tiver foto, também não é o bastante. * Se alguém pedir o documento na mão, para verificar direitinho, não leve pro lado pessoal. Deixe a pessoa verificar até estar satisfeita (mas não descuide do documento). Isso só significa que ela leva muito a sério a responsabilidade de assinar chaves. 2.2 - Entregar um papel com as informações da chave: Nome (QUE OBRIGATORIAMENTE PRECISA SER O MESMO NOME CONSTANTE NOS DOCUMENTOS APRESENTADOS EM 2.1), e-mail, número da chave (keyID), e fingerprint da chave (assinatura digital da chave) RECIPIENTE DO PAPEL: Se você achar que os documentos que te apresentaram não são prova suficiente, talvez porque o nome não bate com o da chave, ou porque uma foto nos documentos não está parecida com quem mostrou os documentos, marque discretamente no papel, porque você NÃO deve assinar essa chave. Se achar que o outro vai engrossar, não diga para ele que não vai assinar a chave dele. 3 - Pronto. Podem ir embora, porque o resto dos passos deve ser feito com calma, em casa. Lembre-se que você não vai estar efetuando nenhum julgamento moral a respeito de quem você assinar a chave. Você só irá afirmar que a chave de sicrano é realmente aquela, e mais nada. 4 - Para cada uma das chaves que você marcou no papel que "posso assinar": 4.1 - Peça para o seu programa de criptografia mostrar a chave e sua assinatura (fingerprint). SE: O nome no papel for exatamente igual ao nome na chave (user ID/UID da chave). E: A assinatura no papel for exatamente igual à assinatura na chave (fingerprint). ENTÃO: Vá para o passo 4.3. 4.2 - As informações não bateram, por isso você não deve assinar a chave. Se quiser, envie um e-mail avisando que não poderá assinar a chave. Não aceite tentativas de retificação por e-mail ou telefone. Um outro encontro face-à -face, refazendo todos os passos 2.1 e 2.2 é o único jeito de retificar o problema. 4.3 - As informações bateram, o que garante que o *nome* está correto. Agora é preciso ter certeza do endereço de e-mail. Para isso, envie uma e-mail *CIFRADA* pela chave que você está testando, para o endereço de e-mail constante na chave. Nessa e-mail, coloque uma palavra secreta qualquer e peça para o destinatário te responder dizendo qual a palavra secreta que você escreveu. Use uma palavra diferente para cada chave que estiver testando, e anote no papel daquela chave qual palavra você usou. 4.4 - Se você receber a resposta contendo a palavra secreta correta, você pode assinar a chave. Caso contrário, não assine a chave -- o endereço de e-mail pode ser falso. Comandos do gpg (GNUpg) correspondentes a cada passo: 2.2 - gpg --fingerprint <seu nome ou 0xSuaKEYID> (retorna as informações que devem estar no papel a ser entregue no passo 2.2) 4.1 - gpg --receive-key <0xKEYID> (procura a chave especificada nos keyservers) gpg --sign-key <0xKEYID> (assina uma chave) Assume-se que você sabe cifrar e decifrar mensagens. Caso não saiba, ainda não é hora de querer sair assinando chaves.
Criptografia com OpenSSL
Criptografia Simétrica
A encriptação simétrica é feita com o subcomando enc, que possui as seguintes opções em linha de comando:
openssl enc -ciphername [-help] [-ciphers] [-in filename] [-out filename] [-pass arg] [-e] [-d] [-a/-base64] [-A] [-k password] [-kfile filename] [-K key] [-iv IV] [-S salt] [-salt] [-nosalt] [-z] [-md digest] [-p] [-P] [-bufsize number] [-nopad] [-debug] [-none] [-engine id]
A opção -ciphername deve ser substituída pelo identificado do algoritmo de encriptação utilizado. Os algoritmos disponíveis são indicados com um dos seguintes comandos:
openssl ciphers openssl list-cipher-algorithms
Neste laboratório, utilizaremos as seguintes cifras:
AES convencional com chaves de 128 bits: cifra -aes-128-ecb AES convencional com chaves de 256 bits: cifra -aes-256-ecb
Esses parâmetros devem ser passados ao OpenSSL. ECB indica o modo de uso Electronic Codebook (ECB) que é aquele no qual cada bloco do texto plano é encriptado com a chave criptográfica.
Nos utilizaremos a opção -K para indicar a chave criptográfica a ser utilizada. O parâmetro espera que a chave seja passada em hexadecimal. Por exemplo, para encriptar um texto no arquivo texto.plano.txt com a chave (hexa) 2865b437a6a19f78a59cc09933f8cea7 (chave de 128 bits), utilizados o comando:
openssl enc -aes-128-ecb -in texto.plano.txt -out texto.encriptado.bin -K 2865b437a6a19f78a59cc09933f8cea7
Geração de Chaves
Para gerar uma chave confiável, podemos utilizar o gerador de números aleatório do OpenSSL, por meio do subcomando rand. O comando espera como parâmetro o numero de bytes do número (bytes e não bits) e para usarmos com o comando anterior de encriptação precisaremos que a chave seja exibida em hexadecimal (usando o parâmetro -hex). Por exemplo, para uma chave de 128 bits (ou 128/8 = 16 bytes), usamos o comando:
openssl rand -hex 16
Encriptação Simétrica
Para decriptação simétrica, utilizados o mesmo subcomando enc anterior, mas passando o parâmetro -d. Por exemplo, para decriptar o arquivo texto.encriptado.bin anterior, utilizaríamos o comando:
openssl enc -aes-128-ecb -d -in texto.encriptado.bin -K 2865b437a6a19f78a59cc09933f8cea7
Neste caso, o resultado da decriptação é exibido no terminal, o que só será útil que o texto plano for textual. Se for um arquivo binário, será necessário armazenar o conteúdo decriptado para um arquivo, com a opção -out.
Criptografia Assimétrica
Referências: Uso do OpenSSL
Documentação do OpenSSL: http://www.openssl.org/docs/ man openssl (veja no fim desse man outros manuais para tarefas especificas)
Para os exemplos abaixo, considere:
hamlet.txt - e o arquivo que deve ser encriptado hamlet.enc - e o arquivo que contera o arquivo encriptado
Em todos os exemplos os arquivos de entrada podem ser informados com o parametro -in e o de saida (ex: o encriptado) com -out. Ou, pode-se utilizar o pipe ("<" e ">") para direcionar a entrada de um arquivo e/ou a saída para um arquivo.
Tanto a encriptacao como decriptacao fazem uso do subcomando enc. O primeiro parâmetro é a crifra de encriptação, que nos exemplos abaixo é o 3DES (indicado no parametro -des3.
Nos exemplos abaixo, utilizamos encriptacao baseada em senha deixando para o OpenSSL a geracao de um salto (salt) aleatório. Para indicar a senha, utiliza-se o parametro -pass. A passagem da senha pode ser por terminal, arquivo ou na propria linha de comando. No ultimo caso, deve-se utilizar após -pass pass:<senha>. Cifras Disponiveis
Com o subcomando ciphers, o OpenSSL exibe as cifras disponiveis para encriptacao.
openssl ciphers openssl ciphers -v
Encriptação Simétrica baseada em senha utilizando 3DES
Para utilizar a encriptação simétrica baseada em senha com o 3DES, utilizando o seguinte comando
openssl enc -des3 -in hamlet.txt -out hamlet.enc -pass pass:senhadeteste
Para decriptar, utilizamos o seguinte comando
openssl enc -d -des3 -in hamlet.enc -out hamlet.decript -pass pass:senhadeteste
Geração de Chaves Assimétricas (RSA)
Na criptografia assimétrica, necessariamente deve-se ter um par de chaves, publica e privada, para realizar uma encriptacao/decriptacao. Os exemplos abaixo utilizam a criptografia RSA, por meio do subcomando genrsa.
Nestes exemplos, considere:
private-key.pem - chave privada public-key.pem - chave publica texto plano a ser encriptado - hamlet.txt
texto encriptado - hamlet.rsa.enc
Geracao Chave privada (experimente primeiro sem o pipe ">" e o arquivo)
openssl genrsa > private-key.pem
Geracao Chave Privada com Encriptacao
openssl genrsa -des > private-key.pem
Geracao/Exibicao da Chave Publica
openssl rsa -in private-key.pem -pubout -out public-key.pem
Encriptação Assimétrica
openssl rsautl -encrypt -pubin -inkey public-key.pem < hamlet.txt > hamlet.rsa.enc
Decriptação Assimétrica
openssl rsautl -decrypt -inkey private-key.pem < hamlet.rsa.enc
Hashing
Para cálculo de hash de um determinado arquivo no Linux, abra um terminal e execute:
MD5
md5sum [arquivo]
Para conferir a integridade do arquivo, salve o hash em um arquivo de texto no mesmo diretório do arquivo analisado e execute:
md5sum -c [arquivo texto]
Aparecendo "Sucesso" o arquivo está Ok.
SHA
sha256sum [arquivo] sha512sum [arquivo]
Para conferir a integridade do arquivo, salve o hash em um arquivo de texto no mesmo diretório do arquivo analisado e execute:
sha256sum -c [arquivo texto] sha512sum -c [arquivo texto]
Aparecendo "Sucesso" o arquivo está Ok.
Encoding
Família BASE
Para encodar um arquivo/string no Linux, utilize:
cat [arquivo] | base32 echo "string" | base32 cat [arquivo] | base64 echo "string" | base64
Para "desencodar" execute:
cat [arquivo] | base32 -d echo "string" | base32 -d cat [arquivo] | base64 -d echo "string" | base64 -d
Se quiser experimentar o Base16, acesse aqui: https://simplycalc.com/base16-encode.php
Família ROT
A família ROT é formada por implementações de Cifras de César, que vão do ROT1 ao ROT25, sendo o mais famoso o ROT13.
Para encodar em ROT13 use:
echo 'This is a Test' | tr 'A-Za-z' 'N-ZA-Mn-za-m' Output: Guvf vf n Grfg
Para desencodar em ROT13 use:
echo 'Guvf vf n Grfg' | tr 'A-Za-z' 'N-ZA-Mn-za-m' Output: This is a Test
Segue abaixo a sintaxe para encodar utilizando os demais membros da família ROT:
ROT1 = tr 'b-za-aB-ZA-A' 'a-zA-Z' ROT2 = tr 'c-za-bC-ZA-B' 'a-zA-Z' ROT3 = tr 'd-za-cD-ZA-C' 'a-zA-Z' ROT4 = tr 'e-za-dE-ZA-D' 'a-zA-Z' ROT5 = tr 'f-za-eF-ZA-E' 'a-zA-Z' ROT6 = tr 'g-za-fG-ZA-F' 'a-zA-Z' ROT7 = tr 'h-za-gH-ZA-G' 'a-zA-Z' ROT8 = tr 'i-za-hI-ZA-H' 'a-zA-Z' ROT9 = tr '-za-iJ-ZA-I' 'a-zA-Z' ROT10 = tr 'k-za-jK-ZA-J' 'a-zA-Z' ROT11 = tr 'l-za-kL-ZA-K' 'a-zA-Z' ROT12 = tr 'm-za-lM-ZA-L' 'a-zA-Z' ROT13 = tr 'n-za-mN-ZA-M' 'a-zA-Z' ROT14 = tr 'o-za-nO-ZA-N' 'a-zA-Z' ROT15 = tr 'p-za-oP-ZA-O' 'a-zA-Z' ROT16 = tr 'q-za-pQ-ZA-P' 'a-zA-Z' ROT17 = tr 'r-za-qR-ZA-Q' 'a-zA-Z' ROT18 = tr 's-za-rS-ZA-R' 'a-zA-Z' ROT19 = tr 't-za-sT-ZA-S' 'a-zA-Z' ROT20 = tr 'u-za-tU-ZA-T' 'a-zA-Z' ROT21 = tr 'v-za-uV-ZA-U' 'a-zA-Z' ROT22 = tr 'w-za-vW-ZA-V' 'a-zA-Z' ROT23 = tr 'x-za-wX-ZA-W' 'a-zA-Z' ROT24 = tr 'y-za-xY-ZA-X' 'a-zA-Z' ROT25 = tr 'z-za-yZ-ZA-Y' 'a-zA-Z'
Identificando Encode (ou "Identificando o hash")
Apesar de utilizarem o nome errado, existem algumas ferramentas que conseguem identificar o tipo de encode e/ou hash utilizado.
HashID
Presente no Kali Linux, seu uso é simples:
hashid [hash ou string encondada] hashid [-h] [-e] [-m] [-j] [-o FILE] [--version] INPUT
Uma forma simples de uso é informando o hash com a opção "-m" e o hash entre aspas simples, por exemplo:
hashid -m '$S$C33783772bRXEx1aCsvY.dqgaaSu76XmVlKrW9Qu8IQlvxHlmzLf'
HashTag
O HashTag é uma ferramenta parecida porém necessita ser instalada, assim:
git clone https://github.com/SmeegeSec/HashTag.git cd HashTag/ python2 HashTag.py -h
Seu uso também é simples:
python HashTag.py {-sh hash |-f file |-d directory} [-o output_filename] [-hc] [-n]
Como por exemplo:
python2 HashTag.py -sh '$S$C33783772bRXEx1aCsvY.dqgaaSu76XmVlKrW9Qu8IQlvxHlmzLf'
Serviços online de identificação
Existem alguns serviços online (bastante úteis em CTFs, por exemplo) que conseguem identificar o tipo de hash/encode utilizado, como por exemplo:
- Hash Analyzer | https://www.tunnelsup.com/hash-analyzer/
- Hash Type Identify | https://suip.biz/?act=hashtag
- Hashes.com | https://hashes.com/en/decrypt/hash
HashCat
TASK 1 - 1 : MD5 HASH
Hash : 48bb6e862e54f2a795ffc4e541caed4d Command : hashcat -D 1 -m 0 hash.txt rockyou.txt Answer : easy
TASK 1 - 2 : SHA1 HASH
Hash : CBFDAC6008F9CAB4083784CBD1874F76618D2A97 Command : hashcat -D 1 -m 100 hash.txt rockyou.txt Answer : password123
TASK 1 - 3 : SHA256 HASH
Hash : 1C8BFE8F801D79745C4631D09FFF36C82AA37FC4CCE4FC946683D7B336B63032 Command : hashcat -D 1 -m 1400 hash.txt rockyou.txt Answer : letmein
TASK 1 - 4 : BRYPT-BLOWFISH HASH
Hash : $2y$12$Dwt1BZj6pcyc3Dy1FWZ5ieeUznr71EeNkJkUlypTsgbX1H68wsRom Command : hashcat -D 1 -m 3200 hash.txt rockyou.txt Answer : bleh
TASK 1 - 5 : MD4 HASH
Hash : 279412f945939ba78ce0758d3fd83daa Command : hashcat -D 1 -m 900 hash.txt rockyou.txt Answer : Eternity22
TASK 2 - 1 : SHA256 HASH
Hash : F09EDCB1FCEFC6DFB23DC3505A882655FF77375ED8AA2D1C13F640FCCC2D0C85 Command : hashcat -D 1 -m 1400 hash.txt rockyou.txt Answer : paule
TASK 2 - 2 : NTLM HASH
Hash : 1DFECA0C002AE40B8619ECF94819CC1B Command : hashcat -D 1 -m 1000 hash.txt rockyou.txt Answer : n63umy8lkf4i
TASK 2 - 3 : SHA512CRYPT $6$ HASH
Hash : $6$aReallyHardSalt$6WKUTqzq.UQQmrm0p/T7MPpMbGNnzXPMAXi4bJMl9be.cfi3/qxIf.hsGpS41BqMhSrHVXgMpdjS6xeKZAs02. Command : hashcat -D 1 -m 1800 hash.txt rockyou.txt Answer : waka99
TASK 2 - 4 : SALTED-SHA1 HASH
Hash : e5d8870e5bdd26602cab8dbe07a942c8669e56d6:tryhackme Command : hashcat -D 1 -m 1100 hash.txt rockyou.txt Answer : 481616481616